sábado, 20 de agosto de 2011

Em três, em prosa.

                          Esse seu cheiro que tá aqui.
                  Esse ménage à trois em prosa.
Esses três no chão e pertinho da grama.
Esses cigarros e essa ousadia.
Essa flor entre dois cravos (ou cactos?),
Esses piercings, essa tatoo, esse cabelo;
Essa boca, a vergonha e um climinha.
Essas perguntas intrigantes,
essas intimidades escapulidas,
esses segredinhos vergonhosos.
Essas respostas sem pensar,
esses joguinhos perspicazes,
esses sorrisos indiscretos.
Essas gargalhadas que respondiam tudo.
Essa parceirice de uma noite,
Essa homenagem ao Acaso.
Esses três que se surpreenderam.
 se apaixonaram,
confessaram e desencontraram.
Esses três braços entrelaçados,
Esses olhares alheios para os três,
 Esses três à trois.
Essa tensão para um cara de cabelo azul.
Esse companheirismo de capoeira.
Essas "pernas, pra que te quero?".
Essa pergunta "encabulante"
Esse tapa na cara bem merecido
Essa surpresa do: "Eu a beijaria".
Esses fetiches ou curiosidades.
Essas curiosidades de um beijo metálico
 e cheio de argolinhas.
Essas pulseirinhas da alma,
Esse esqueiro pela metade
Essa foto que tá guardada.
Essa crença e essas desconfianças de gesto.
Esses abraços de despedida,
Esse aperto de mão q diz "eu não sei".
Esses três que serão dois.
Esse um que a gente se esbarra.
Essa poesia do "nunca mais"
Esse fim que balançou,
Essa coisa boa que ficou,
Essa noite que marcou.
Esse "pra sempre" que não existe.
Esse brinde do "E agora," meus cactos?

2 comentários:

  1. E o que dizer do amor que é azulzinho?

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  2. Eu digo que é amor amarrado pelo pai (não meu, não teu, mas dele) Shangoo! (medomedomedo!)

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