sábado, 20 de agosto de 2011

Em três, em prosa.

                          Esse seu cheiro que tá aqui.
                  Esse ménage à trois em prosa.
Esses três no chão e pertinho da grama.
Esses cigarros e essa ousadia.
Essa flor entre dois cravos (ou cactos?),
Esses piercings, essa tatoo, esse cabelo;
Essa boca, a vergonha e um climinha.
Essas perguntas intrigantes,
essas intimidades escapulidas,
esses segredinhos vergonhosos.
Essas respostas sem pensar,
esses joguinhos perspicazes,
esses sorrisos indiscretos.
Essas gargalhadas que respondiam tudo.
Essa parceirice de uma noite,
Essa homenagem ao Acaso.
Esses três que se surpreenderam.
 se apaixonaram,
confessaram e desencontraram.
Esses três braços entrelaçados,
Esses olhares alheios para os três,
 Esses três à trois.
Essa tensão para um cara de cabelo azul.
Esse companheirismo de capoeira.
Essas "pernas, pra que te quero?".
Essa pergunta "encabulante"
Esse tapa na cara bem merecido
Essa surpresa do: "Eu a beijaria".
Esses fetiches ou curiosidades.
Essas curiosidades de um beijo metálico
 e cheio de argolinhas.
Essas pulseirinhas da alma,
Esse esqueiro pela metade
Essa foto que tá guardada.
Essa crença e essas desconfianças de gesto.
Esses abraços de despedida,
Esse aperto de mão q diz "eu não sei".
Esses três que serão dois.
Esse um que a gente se esbarra.
Essa poesia do "nunca mais"
Esse fim que balançou,
Essa coisa boa que ficou,
Essa noite que marcou.
Esse "pra sempre" que não existe.
Esse brinde do "E agora," meus cactos?

A gente (não) empresta nossos lápis!

"Gente feliz, e por enquanto não há outra verdade mais verdadeira"
Saramago. *-*




Nada mais legal que escrever em cores. Até porque há quem diga que se fala LIBRAS (e não em Libras).  E nesses três últimos dias, nossas Letras foram coloridas. De todas as cores.

Teve cor vermelha, de uma vergonha por conta de um pito, uma chamada de atenção ou olhar de "olha, que bagunça". O vermelho por um rapazito que passa os cinco dedos na bolsa de um dr. ("desova na pedreira", né Alexandra?).
Mas tbm... o vermelho carmesim deu o ar de sua graça, na paixão que motivou essa Organização do Barulho. Paixão pelos sorrisos toscos, felizes e contagiantes. Paixão pelo Chico Bento, pelo "oficinador" dos olhos azuis de dar inveja. Paixão em carmesim por uma união que nos aproximou ainda mais e pela amizade que foi cultivada.

O amarelo se fez presente não apenas no sol que nos acompanhou, mas que tbm desapareceu entre as nuvens. O amarelo do cartaz do evento, o amarelo do encanto de um abraço acolhedor e o amarelo do hino brasileiro em guarani.

O roxo da revista Raído. O provável roxo que duas pessoas ficarão no olho se cultivarem uma certa amizade (não-add pra vcs, tá?). O roxo de um gesto obsceno que a gnt faz mentalmente para alguém. O roxo de um notebook que deu o que "roxear".

Ah! O azul... Ou deveria dizer: Azulzinho? (claro! e que cheiro é esse que ficou aqui, hein?). O azul do menino dos olhos azuis. O azul do céu, o azul da leveza de todo esse encontro (encontro de risos, de olhares cúmplices, de pitos compartilhados, de fofocas passadas a rolé por nossa carteira Dri, o encontro de dois analistas de discuros, o encontro de Letras e Direito). Sacou? Tô falando daquele azul, sabe?! O azul que com o Vermelho... fica Homem-aranha!

Enfim, só sorrisos para todo o arco-íris que a gente pintou. E não vamos deixar ninguém borrar não, né?!
Aliás, se borrarem, Homem-Aranha pra eles.