sábado, 30 de julho de 2011

Sim, sr.: uma singela homenagem.

E aquele menino dos lábios grossos e cabelo pixaim cresceu. Aquele lá do tempo do sítio,  do tempo das vacas magras, esqueléticas, e das vacas gordas. O rapazito que se tornou o "Einstein negro" da escola pela audácia de um cálculo, que se tornou um super-herói pela coragem de criar seu pelotão, que se tornou um orador pela perseverança na caminhada. O rapazito bom de bola, de galanteios, de amigos. O universitário líder, sarrista e fazedor de bombinhas de fumaça. O co-piloto sem licença para voar, o advogado sem malandragem para atuar, o conselheiro sem papas na língua para apitar. O homem-feito que chorou no enterro de seu pai e no casamento de sua filha (e só que eu me lembre). Será que ele é o cara das raras lágrimas?


E aquele garoto da foto amarelada em preto & branco foi quem me ensinou a gastar o tempo com as letras, quem me ensinou a juntar as duas mãozinhas e rezar para o meu "santo anjo", quem me ensinou a replicar, treplicar e "deixar arder" quando nada mais valer. Quem me ensinou a apreciar (e não só curtir), a "achar difícil" certas cenas de filmes, a ficar na paz (até pke o único que tem direito de ficar de "eito" é ele). Quem tentou me ensinar a dar partida no carro. Será que ele é o mestre que cada um deveria ter para a escola da vida?

O cara-durão que se derrete com o sorriso malandro de uma figurinha "que não toma jeito"; que reclama mas acha o máximo o grude do seu chiclete de 4 patas, que é feito de histórias só sabidas em viagens, de emoções que não se expressam em um nível palpável (e que, por isso mesmo, se tornam eternas), de músicas "do tempo do Lopy", de dizeres, prosa e poesia. Será que ele é daqui mesmo?

O Mor aqui de casa. O "madamo" do 507. O Seu Pelé. O meu pai.
Simples assim.

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